quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Os Miseráveis - 2012

Me desculpem as pessoas que gostaram desse filme, mas fiz uma coisa que dificilmente faço: Sai na metade do filme por não aguentar o que fizeram com essa obra de Vitor Hugo. É muito, mais muito raro eu abandonar um filme ou um livro pela metade, pois sempre acho que em algum momento haverá alguma melhora no sentido que eu acho que deveria ter. Mas para você ter uma ideia, tive que rever o filme de 1935 de Richard Boleslawski, para conseguir tirar de minha mente essa horrorosa versão. Não tinha noção, mas após pesquisar, li que esse musical já havia sido encenado na Broadway e que vários críticos dão como uma "mutilação" da obra de Vitor Hugo. E é essa exatamente a palavra que tenho para usar. Mutilação. Todo o drama dessa obra magnífica se desmancha nessa versão.  E não é questão de não gostar de musicais, pois West Side Story e o mais recente Mama Mia são excelentes filme desse gênero. Mas esse, me desculpe, não aguentei.

Mas mesmo não gostando do filme, aliás, detestando, gostaria de falar sobre o trabalho dos atores. Me surpreendi com a atuação de Sasha Baron Cohen, o tal do Borat. Nem passou pela minha cabeça ver o filme que ele alcançou um sucesso enorme, que foi O Ditador. Simplesmente me recuso a ver esse tipo de filme. Mas desde o "A Invenção de Hugo Cabret" venho acompanhando o trabalho dele e gostado. Gostei da atuação dele nesse filme. 

Helena Bonham Carter, como sempre, faz um ótimo trabalho. Gosto dela a ponto de chamá-la de atriz.

Agora, Hussell Crowe e Hugh Jackman, meu Deus!!!! Não foram feito para isso. Simplesmente não são atores teatrais. Me desculpem , mas não são dados a filmes que precisem atuar dramaticamente. São feitos para filmes comerciais em que a atuação dos atores não precisa sobrepujar o roteiro e a ação. É a mesma coisa que ver Mel Gibson em Hamlet. Incrivelmente ruim.

É sobre isso, na realidade, que Vitor Hugo fala:

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