quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O Deus da Carnificina

Cara, vi um filme ontem que adorei. A estrutura é daqueles filmes que adoro e que chamo teatrais, isto é, todo ele gravado em um ambiente só: dentro de um apartamento. Quando vejo um filme desses, não consigo parar de pensar na encenação dele num teatro: a colocação da iluminação; a divisão de ambientes no próprio palco; a colocação dos atores em cada pedaço de cena.

De direção de Roman Polanski, e estrelando Kate Winslet, Jodie Foster, John C. Reilly e Christopher Waltz, é difícil saber dos quatro quem está melhor. Estou vendo vários filmes desse tal de Christopher Waltz (Bastardos Inglórios e DJango, de Tarantino, e esse agora de Polanski) e pelos três que vi, a tecla que querem conferir a ele é de sarcástico, coisa que faz muito bem, mas continuo esperando outros trabalhos para ver se ele consegue sair disso.

O filme narra o encontro de dois casais por causa da agressão sofrida pelo filho de um contra o do outro. Começa tudo na "cordialidade" e "civilidade", mas aos poucos as reais personalidades envolvidas começam a aparecer. É um lavar de roupa suja geral. 

Para mim, o que ficou muito evidente com o final do filme é quanto quatro adultos podem ser insanos por debaixo do verniz social. Prestem atenção ao corte no finalzinho do filme. Para mim, Roman Polanski quis dar, exatamente, a dimensão das insanidades até o momento ocorridas. Mas só vai entender bem o finalzinho quem estiver atento ao comecinho. 

Mas como não posso deixar de falar, nos minutos finais ele começa a ficar um pouquinho cansativo, talvez porque o auge das confusões ocorram mais para a metade final do filme. A meu ver, ele deveria ter cortado com a confusão mais para o auge, em vez de deixar dar uma caída na pressão.



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