sábado, 1 de setembro de 2012

Falando em Umberto Eco

 
Um dos melhores escritores que tive o prazer de ler. Ele escreveu dois livros que não posso deixar de sugerir a você. O primeiro, que me chamou tanto a atenção a ponto de colocar o nome de meu filho mais velho de Guilherme, é O Nome da Rosa. Romance medieval que trata de crimes cometidos dentro de uma abadia medieval.

 
O outro é O Pêndulo de Foucault, menção ao pêndulo projetado pelo físico francês Léon Foucault para demonstrar a rotação da terra. Nesse livro, dividido em 12 capítulos representados pelas Sefirot da Cabala, o autor descerrar um mundo de magia e ocultismo. Em tempo, devo dizer que o próprio Umberto Eco não gosta de ser associado a essas filosofias. Não concordo muito com ele, mesmo sabendo por experiência própria, que nessa senda o que mais se encontra são crentes. Mas não me acho tão conhecedor da verdade assim a ponto de refutar certos fatos e mentes.

Diz Umberto Eco:
Eu inventei Dan Brown. Ele é um dos personagens grotescos do meu romance que levam a sério um monte de material estúpido sobre ocultismo. O Pêndulo de Foucault brinca com teorias conspiratórias e teve início com uma pesquisa entre 1.500 livros de ocultismo reunidos por seu autor. Ele [Dan Brown] usou grande parte do material.” Em 'O Pêndulo de Foucault', eu havia inserido um bom número de ingredientes esotéricos, que podem ser encontrados no Código Da Vinci. Os meus personagens, ao elaborarem os seus projetos, levam em conta a importância do Graal, por exemplo. Eu quis fazer uma representação grotesca daquilo que eu via em volta de mim, de uma tendência da qual eu previa o crescimento. Era fácil fazer uma profecia como esta. Ao pesquisar para escrever 'O Pêndulo de Foucault', eu esvaziei todas as livrarias que já se especializavam nessa "gororoba cultural". Dan Brown copia livros que podiam ser encontrados trinta anos atrás nos sebos da Rue de la Huchette, em Paris. O sucesso pode ser explicado pelo fato de que os autores desses best-sellers levam tudo isso a sério, e ainda pelo fato de que as pessoas são sedentas por mistérios. Em 'O Pêndulo de Foucault', eu cito a frase de G. K. Chesterton:
"Quando os homens não acreditam mais em Deus, isso não se deve ao fato de eles não acreditarem em mais nada, e sim ao fato de eles acreditarem em tudo".

Outro que li dele é Baudolino. Não achei o mais instigante dele, não. Mas nada como ler um livro de uma pessoa que escreve tão bem. Mas não indico.


Aviso para os desavisados: Nenhum deles é de leitura fácil. Se pouco me engano, pois li-o há muitos anos e mesmo tendo a felicidade de ter na mente partes enormes de livros que leio, é no O Nome da Rosa que ele passa, simplesmente, duas folhas descrevendo a porta do mosteiro. E o engraçado que você só descobre quase no final da narrativa.

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