“A vontade cria, pois a vontade em movimento é força, e a força produz matéria”, escreveu Helena Blavatsky.[1]
Cada ação intensa, durável e decidida de um ser humano que sabe o que quer provoca uma reação em cadeia que será proporcional à sua força, e que será realimentada, ou não, conforme a atitude daqueles que receberem sua influência.
Um exemplo prático desse axioma é o processo de amizade e fraternidade universal colocado em movimento desde 1875 pelo esforço teosófico moderno.
Trata-se de uma reação em cadeia que, ao ser continuamente realimentada, forma um círculo magnético de ajuda mútua e compreensão positiva. O círculo é aberto, abrangente, e está potencialmente vivo em todo lugar e todo momento. Como verificar isso?
Cada indivíduo que busca a felicidade pode dar um primeiro passo observando a cada dia como reage diante de atitudes amáveis e sinceras vindas dos outros. Os cegos reagem como se amabilidade fosse fraqueza, e tentam obter vantagens pessoais. Os que têm bom senso acolhem a amabilidade com respeito, e a aproveitam para criar círculos magnéticos de boa vontade.
O processo é complexo, e requer um profundo autoconhecimento, porque inclui tanto os níveis voluntários como os níveis involuntários da mente. Destes últimos vêm os testes e as armadilhas. O apego subconsciente ao passado boicota o avanço na direção da luz. Por isso a ação deve ser não só intensa, mas também de longo prazo. É recomendável ter a experiência de um velho e a alma de uma criança.
Devemos percorrer um caminho estreito, morro acima, em que não faltam surpresas desafiantes. À medida que avançamos, o altruísmo impessoal nos permite conhecer por experiência direta o círculo magnético de amor e discernimento ilimitados que governa o universo. Deste modo surge em nós, num ritmo natural, a consciência humana que irá florescer num futuro não muito distante.
NOTA:
[1] “Ísis Sem Véu”, Helena P. Blavatsky, Ed. Pensamento, volume I, p. 212.
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