quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

I Just Ride



Ride
Lana Del Rey

"I was in the winter of my life
And the men that I met along the road were my only summer.
At night, I fell asleep with visions of myself
Dancing and laughing and crying with tem.

Three years down the line of being on an endless world tour
And my memories of them were the only things that Substained me and my only real happy times.

I was a singer, not very popular one,
Who one had dreams of becoming a beautiful poet -
But upon an unfortunate series of events
Saw those dreams
And divided like a millions stars in the night sky
That I wished on over and over again - sparkling and broken.

But I didn't really mind because I knew
That it takes getting everything
You ever wanted and then losing it
To know what true freedom is.

When the people I used to know
Found out what I had been doing
How I had been living - they asked me why.
But there's no use in talking to people who have a home,
They have no idea what it's like to seek safety in other people,
For home to be wherever you lie your head.

I was always an unusual girl,
My mother told me I had a chameleon soul.
No morall compass positioning due north, no fixed personality.
Just an inner indecisiveness
That was as wide and as wavering as the ocean.
And if I said that I didn't plan
For it to turn out this was, I'd be lying -
Because I was born to be the other woman.

I belong to no one - who belonged to everyone,
Who had nothing, who wanted everything
With a fire for every experience
And an obsession for freedom
That terrified me to the point I couldn't even talk about -
And pushed me to a nomatic point
Of madness that both dazzled and dizzied me."

I've been out on that open road
You can be my full time, daddy
White and gold
Singing blues has been getting old
You can be my full time, baby
Hot or cold

Don't break me down
I've been traveling too long
I've been trying too hard
With one pretty song

I hear the birds on the summer breeze, I drive fast
I am alone in the night
Been trying hard not to get into trouble, but I
I've got a war in my mind
So, I just ride, I just ride
I just ride, I just ride
Dying young and I'm playing hard
That's the way my father made his life an art
Drink all day and we talk 'til dark
That's the way the road doves do it, ride 'til dark

Don't leave me now
Don't say goodbye
Don't turn around
Leave me high and dry

I hear the birds on the summer breeze, I drive fast
I am alone in the night
Been trying hard not to get into trouble, but I
I've got a war in my mind
I just ride, I just ride
I just ride, I just ride

I'm tired of feeling like I'm f*cking crazy
I'm tired of driving 'til I see stars in my eyes
I look up to hear myself saying
"Baby, too much I strive, I just ride"

I hear the birds on the summer breeze, I drive fast
I am alone in the night
Been trying hard not to get into trouble, but I
I've got a war in my mind
I just ride, I just ride
I just ride, I just ride

"Every night I used to pray that I'd find my people -
And finally I did - on the open road.
We had nothing to lose, nothing to gain
Nothing we desired anymore -
Except to make our lives into a work of art.

Live fast. Die young.
Be wild, and have fun
I believe in the country America used to be.
I believe in the person I want to become.
I believe in the freedom of the open road.

And my motto is the same as ever -
I believe in the kindness of strangers.
And when I'm at war with myself - I ride. I just ride.

Who are you?
Are you in touch with all your darkest fantasies?
Have you created a life for yourself where you're free to experience them?
I have! I am fucking crazy, but I am free!"

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Aprendendo a jogar

Para meus filhos.....



Aprendendo a Jogar
Guilherme Arantes


Vivendo e aprendendo a jogar
Vivendo e aprendendo a jogar
Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo
Mas aprendendo a jogar

Água mole em pedra dura
Mais vale que dois voando
Se eu nascesse assim pra lua
Não estaria trabalhando

Mas em casa de ferreiro
Quem com ferro se fere é bobo
Cria fama, deita na cama
Quero ver o berreiro na hora do lobo

Quem tem amigo cachorro
Quer sarna pra se coçar
Boca fechada não entra besouro
Macaco que muito pula, quer dançar

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Bom FDS.....



Mad World

Telegrama...



Telegrama
Zeca Baleiro


Eu tava triste, tristinho
Mais sem graça que a top-model magrela
Na passarela
Eu tava só, sozinho!
Mais solitário que um paulistano
Que um canastrão na hora que cai o pano
Tava mais bobo que banda de rock
Que um palhaço do circo Vostok

Mas ontem eu recebi um telegrama
Era você de Aracaju ou do Alabama
Dizendo: Nêgo, sinta-se feliz
Porque no mundo tem alguém que diz
Que muito te ama!
Que tanto te ama!
Que muito, muito te ama
Que tanto te ama!

Por isso hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho
E desejar bom dia
De beijar o português
Da padaria

Hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho
E desejar bom dia
De beijar o português
Da padaria

Mama! Oh Mama! Oh Mama!
Quero ser seu
Quero ser seu
Quero ser seu
Quero ser seu papa!

Mama! Oh Mama! Oh Mama!
Quero ser seu
Quero ser seu
Quero ser seu
Quero ser seu papa!

Eu tava triste, tristinho!
Mais sem graça que a top-model magrela
Na passarela
Eu tava só, sozinho!
Mais solitário que um paulistano
Que um vilão de filme mexicano
Tava mais bobo que banda de rock
Que um palhaço do circo Vostok

Mas ontem eu recebi um telegrama
Era você de Aracaju ou do Alabama
Dizendo: Nego sinta-se feliz
Porque no mundo tem alguém que diz
Que muito te ama!
Que tanto te ama!
Que muito te ama!
Que tanto, tanto te ama!

Por isso hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho
E desejar bom dia
De beijar o português
Da padaria

Hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho
E desejar bom dia
De beijar o português
Da padaria

Me dê a mão, vamos sair
Pra ver o sol!

Mama! Oh Mama! Oh Mama!
Quero ser seu
Quero ser seu
Quero ser seu
Quero ser seu papa!

Hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho
E desejar bom dia
De beijar o português
Da padaria

Hoje eu acordei
Com uma vontade danada
De mandar flores ao delegado
De bater na porta do vizinho
E desejar bom dia
De beijar o português
Da padaria

Mama! Oh Mama! Oh Mama!
Quero ser seu
Quero ser seu
Quero ser seu
Quero ser seu papa!

Mama! Oh Mama! Oh Mama!
Quero ser seu
Quero ser seu
Quero ser seu
Quero ser seu papa!

Mama! Oh Mama! Oh Mama!
Quero ser seu
Quero ser seu
Quero ser seu
Quero ser seu papa!

Mama! Oh Mama! Oh Mama!
Quero ser seu
Quero ser seu
Quero ser seu
Quero ser seu papa!

Me dê a mão, vamos sair
Pra ver o sol

domingo, 23 de novembro de 2014

Katia Abreu, NÃO!!!!

Por isso que Kátia Abreu não era para ser indicada..... É balela dizer que uma agricultura saudável não conseguiria dar conta de alimentar a nação.....  Tudo Mentira!!!!


Minha foto de prêmio.....


sexta-feira, 21 de novembro de 2014

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Uma outra perspectiva....

Só experimente tentar pensar através de uma outra perspectiva....



sexta-feira, 14 de novembro de 2014

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

sábado, 8 de novembro de 2014

Para entender O capital: Livro I. - David Harvey - Introdução

Quem não se interessar em ler esse livro depois dessa introdução, onde o coloca, além do livro O Capital, as portas comparativas de outros pensadores que antecederam Karl Marx, não sei mas o que fará.  Eu estou comendo com feijão, pois ainda tem outros dois....  :)


Introdução

Meu objetivo é levar você, leitor, a ler um livro de Karl Marx chamado O capital, Livro I[a], e a lê-lo nos próprios termos de Marx. Isso pode parecer um pouco ridículo, já que, se você ainda não leu o livro, não pode saber quais são os termos de Marx; mas um desses termos, eu lhe asseguro, é que o leia – e cuidadosamente. O aprendizado real sempre implica uma luta para compreender o desconhecido. Minhas próprias leituras d’O capital, reunidas no presente volume, serão muito mais esclarecedoras se você tiver lido antes os capítulos em questão. É seu encontro pessoal com o texto de Marx que eu pretendo encorajar, e, na luta direta com ele, você poderá começar a formar uma compreensão própria do pensamento marxiano.

Isso implica, desde já, uma dificuldade. Todo mundo já ouviu falar de Karl Marx, de termos como “marxismo” e “marxista”, e um mundo de conotações acompanha essas palavras, de modo que você está preso desde o início a preconcepções e preconceitos, favoráveis ou não. Mas eu lhe peço que procure deixar de lado, o melhor que puder, tudo aquilo que você acha que sabe sobre Marx, pois só assim poderá captar o que ele realmente tem a dizer.

Há ainda outros obstáculos para chegar a esse tipo de contato direto. Somos levados, por exemplo, a abordar um texto desse tipo a partir de nossas próprias formações intelectuais e experiências. Para muitos estudantes, essas formações intelectuais são afetadas, quando não governadas, por considerações e preocupações acadêmicas; há uma tendência natural a ler Marx do ponto de vista de uma disciplina particular e exclusivista. O próprio Marx jamais ocupou uma cadeira universitária, em nenhuma disciplina, e mesmo hoje a maioria dos aparatos departamentais dificilmente o aceitaria como um dos seus. Portanto, se você é um estudante de graduação e quer lê-lo corretamente, é melhor não pensar no que ganhará com isso em sua área específica – não em longo prazo, é claro, mas ao menos no propósito de ler Marx. Em suma, você terá de lutar com coragem para determinar o que ele está dizendo além daquilo que você pode entender facilmente com seu aparato disciplinar particular, sua formação intelectual e, mais importante, sua própria história de vida (seja como líder trabalhista ou comunitário, seja como empreendedor capitalista).

Uma importante razão para assumir uma postura aberta em relação a essa leitura é o fato de O capital ser um livro extremamente rico. Shakespeare, os gregos, Fausto, Balzac, Shelley, contos de fadas, lobisomens, vampiros e poesia, encontramos tudo isso em suas páginas, ao lado de inúmeros economistas políticos, filósofos, antropólogos, jornalistas e cientistas políticos. Marx trabalha com uma imensa gama de fontes, e pode ser instrutivo – e divertido – refazer seu caminho até elas. Algumas dessas referências podem ser alusivas, já que muitas vezes ele não as indica diretamente; até hoje, à medida que ensino O capital, continuo a encontrar novas conexões. Quando comecei, não tinha lido muito Balzac, por exemplo. Mais tarde, ao ler seus romances, peguei-me muitas vezes dizendo: “Ah, foi daqui que Marx tirou tal coisa!”.

Segundo consta, Marx leu extensivamente a obra de Balzac e ambicionava escrever um estudo completo sobre A comédia humana, depois de terminar O capital. Ler ao mesmo tempo Balzac e O capital ajuda a entender por quê.

O capital é, portanto, um texto rico e multidimensional. Ele se move num vasto mundo de experiências, conceitualizado numa grande diversidade de literaturas escritas em muitas línguas, em diferentes lugares e épocas. Não estou dizendo, apresso-me a explicar, que você não será capaz de compreender Marx se não entender todas as referências. Mas o que me inspira, e espero que inspire você, é a ideia de que há nelas uma imensa gama de recursos que podem esclarecer por que vivemos a vida do modo como a vivemos. Da mesma forma que elas foram a água que moveu o moinho da compreensão marxiana, podemos fazer delas a água para mover o nosso próprio moinho.

Você verá também que O capital é um livro impressionante enquanto tal, isto é, como livro. Quando é lido como um todo, mostra-se uma construção literária enormemente gratificante. Mas aqui encontramos outras barreiras potenciais a sua compreensão, pois muitos leitores, no decorrer de sua formação, devem ter se deparado com Marx e lido alguns de seus trechos. Talvez tenham lido o Manifesto Comunista no Ensino Médio. Ou talvez tenham cursado uma daquelas disciplinas de teoria social em que se gastam duas semanas com Marx, duas com Weber, algumas com Durkheim, Foucault e uma série de outras figuras importantes. Talvez tenham lido excertos d’O capital ou alguma exposição teórica das crenças políticas de Marx, por exemplo. No entanto, ler excertos ou resumos é totalmente diferente de ler O capital como um texto integral. Você começa a ver os pedaços e as peças sob uma luz radicalmente nova, no contexto de uma narrativa muito mais ampla. É vital que você preste muita atenção à grande narrativa e esteja preparado para mudar sua compreensão dos pedaços e das peças, assim como dos resumos que leu anteriormente. Marx certamente desejaria que sua obra fosse lida como um todo. Objetaria ferozmente à ideia de que pudesse ser compreendido de maneira adequada por meio de excertos, não importa quão estrategicamente escolhidos. Certamente não gostaria de ser estudado por apenas duas semanas num curso introdutório de teoria social, do mesmo modo como teria se dedicado mais do que apenas duas semanas à leitura de Adam Smith. Lendo O capital como um todo, é quase certo que você chegará a uma concepção bastante diferente do pensamento de Marx. Mas isso significa que você terá de ler o livro inteiro como um livro – e é nisso que pretendo ajudá-lo.

Existe um modo de leitura em que as formações intelectuais e os pontos de vista disciplinares não apenas são importantes, como fornecem perspectivas úteis sobre O capital. Obviamente, sou contra o tipo de leitura exclusivista em torno da qual os estudantes quase invariavelmente organizam suas análises, mas aprendi, ao longo dos anos, que perspectivas disciplinares podem ser instrutivas.

Ensino O capital quase todos os anos, desde 1971, às vezes duas ou até mesmo três vezes por ano, para grupos de todos os tipos. Num ano, com o todo o Departamento de Filosofia – até certo ponto hegeliano – do então chamado Morgan State College, em Baltimore; noutro ano, com todos os estudantes de graduação do curso de inglês da Universidade Johns Hopkins; e, no outro, majoritariamente com economistas. O fascinante era que cada grupo via coisas diferentes n’O capital.

Aprendi cada vez mais sobre ele ao trabalhar com pessoas de disciplinas diferentes. Mas houve momentos em que essa experiência didática se tornou irritante, e até mesmo dolorosa, porque um grupo em particular se recusava a ver as coisas a meu modo ou insistia em questões que me pareciam irrelevantes. Certa vez, tentei ler O capital com um grupo do Programa de Línguas Românicas da Universidade Johns Hopkins. Para minha enorme frustração, gastamos quase todo o semestre com o capítulo 1. Eu dizia “Olhem, precisamos ir em frente e chegar, no mínimo, na parte da política da jornada de trabalho”, e eles diziam “Não, não, precisamos entender isso melhor. O que é valor? O que ele entende por dinheiro/mercadoria?

O que é fetiche?”, e assim por diante. Chegaram até a levar para as aulas uma edição alemã para checar as traduções. Descobri que estavam seguindo a tradição de alguém que, na época, eu desconhecia completamente, alguém que, imaginei, devia ser um idiota político, se não um idiota intelectual, para difundir esse tipo de abordagem. Essa pessoa era Jacques Derrida, que havia passado uma temporada na Universidade Johns Hopkins no fim dos anos 1960 e início dos anos 1970. Mais tarde, refletindo sobre essa experiência, percebi que aquele grupo, apenas por insistir em passar a pente fino todo o capítulo 1, havia me ensinado a importância vital de prestar muita atenção à linguagem de Marx – o que ele diz, como diz e também o que toma como pressuposto.

Mas não se preocupe: não tenho a intensão de fazer isso nesta leitura, e não só porque pretendo tratar da discussão marxiana sobre a jornada de trabalho, mas porque quero que você chegue ao fim deste volume. A questão é simplesmente que diferentes perspectivas disciplinares podem ser úteis para descortinar as múltiplas dimensões do pensamento marxiano, e justamente porque ele escreveu esse texto segundo uma tradição de pensamento crítico extremamente rica e diversificada. Sou grato às muitas pessoas e grupos com que li esse livro ao longo de tantos anos, precisamente porque me ensinaram tanto sobre aspectos da obra de Marx que eu jamais teria notado por conta própria. Para mim, essa formação jamais termina. Três grandes tradições intelectuais e políticas inspiram a análise realizada n’O capital, e todas receberam de Marx, que era profundamente comprometido com a teoria crítica, uma análise crítica.

Quando relativamente jovem, ele escreveu para um de seus colegas redatores um pequeno texto, cujo título era “Para uma crítica impiedosa de tudo o que existe”[b]. É óbvio que ele estava sendo modesto – e sugiro que você leia esse texto, porque é fascinante. Ele não diz: “Todos são estúpidos e eu, o grande Marx, vou criticá-los de um ponto de vista externo à existência”. Ao contrário, ele argumenta que um grande número de pessoas sérias dedicou-se bravamente a pensar a respeito do mundo e viu certas coisas que deviam ser respeitadas, não importa quão unilaterais ou desvirtuadas fossem. O método crítico toma o que outros disseram e vislumbraram e trabalha com esse material a fim de transformar o pensamento – e o mundo que ele descreve – em algo novo. Para Marx, um conhecimento novo surge do ato de tomar blocos conceituais radicalmente diferentes, friccioná-los uns contra os outros e fazer arder o fogo revolucionário. E é o que ele faz n’O capital: combina tradições intelectuais divergentes para criar uma estrutura
completamente nova e revolucionária para o conhecimento.

Há três grandes estruturas conceituais convergentes n’O capital.

A primeira é a economia política clássica – a economia política do século XVII até meados do século XIX; essa tradição é sobretudo britânica, mas não exclusivamente, e vai de William Petty, Locke, Hobbes e Hume até o grande trio formado por Adam Smith, Malthus e Ricardo, entre outros (James Steuart, por exemplo). A tradição francesa da economia política (fisiocratas como Quesnay, Turgot e, mais tarde, Sismondi e Say), assim como italianos e norteamericanos (como Carey), também forneceu material crítico adicional a Marx. Ele submeteu todos esses autores a uma profunda crítica nos três volumes de notas que hoje chamamos de Teorias do mais-valor. Como não tinha fotocopiadora nem internet à disposição, ele copiava laboriosamente longas passagens de Adam Smith e então escrevia um comentário sobre elas, depois copiava longas passagens de James Steuart e então escrevia um comentário sobre elas, e assim por diante. Na verdade, Marx praticava o que hoje chamamos de desconstrução e, com ele, aprendi como desconstruir argumentos. Quando trata de Adam Smith, por exemplo, aceita muito do que ele diz, mas então procura lacunas ou contradições que, quando corrigidas, transformam radicalmente o argumento.

Esse tipo de argumentação aparece ao longo de todo O capital, porque, como indica o subtítulo, ele se estrutura em torno de “uma crítica da economia política”.

O segundo bloco conceitual que compõe a teorização marxiana é a reflexão e a investigação filosófica, que, para Marx, originaram-se com os gregos. Marx escreveu uma tese de doutorado sobre Epicuro e tinha familiaridade com o pensamento grego. Aristóteles, como você verá, serve frequentemente como uma âncora para seus argumentos. Marx também dominava plenamente o modo como o pensamento grego foi introduzido na principal tradição crítico-filosófica alemã – Espinosa, Leibniz e, é claro, Hegel, assim como Kant e muitos outros. Marx faz uma conexão entre essa tradição crítico-filosófica alemã e a tradição político-econômica inglesa e francesa, embora, mais uma vez, seja errado entender isso apenas em termos de tradições nacionais (afinal de contas, Hume era tanto filósofo – se bem que empirista – quanto economista político, e a influência de Descartes e Rousseau sobre Marx é considerável). Mas a tradição crítico-filosófica alemã foi a que teve mais peso sobre Marx, porque foi nela que ele foi treinado. E o clima crítico provocado pelo grupo que mais tarde seria conhecido como os “jovens hegelianos”, nas décadas de 1830 e 1840, influenciou-o enormemente.

A terceira tradição a que Marx recorre é a do socialismo utópico. Na época, essa tradição era fundamentalmente francesa, embora o papel de fundador da tradição moderna – que, no entanto, também remonta aos gregos – seja creditado em geral a um inglês, Thomas More, assim como a outro inglês, Robert Owen, que não apenas escreveu longos tratados utópicos, como tentou pôr em prática muitas de suas ideias quando Marx ainda era vivo. Mas foi na França que ocorreu, nos anos 1830 e 1840, a grande explosão do pensamento utópico, largamente inspirado nos primeiros escritos de Saint-Simon, Fourier e Babeuf. Tivemos, por exemplo, Étienne Cabet (fundador de um grupo, os “icarianos”, que se instalou nos Estados Unidos após 1848); Proudhon e os proudhonianos; August Blanqui (que cunhou a expressão “ditadura do proletariado”) e muitos que, assim como ele, aderiram à tradição jacobina (como Babeuf); o movimento saint-simoniano; os fourieristas (assim como à de Victor Considerant); e as feministas socialistas (como Flora Tristan). E foi na França, nos anos 1840, que muitos radicais resolveram chamar a si mesmos de comunistas, embora não tivessem a mínima ideia do que isso significava. Marx estava bem familiarizado com essa tradição, ou mesmo imerso nela, especialmente em Paris, antes de ser expulso em 1844, e acredito que extraiu dela mais do que admitia. É compreensível que ele procurasse se distanciar do utopismo dos anos 1830 e 1840, que para ele foi o responsável, em vários sentidos, pelo fracasso da revolução de 1848 em Paris. Ele não gostava quando os utópicos elaboravam uma sociedade ideal sem ter nenhuma ideia de como passar daqui para lá, oposição que ficou clara no Manifesto Comunista. Por isso, em relação a essas ideias, ele frequentemente procede por meio da negação, em particular com respeito ao pensamento de Fourier e Proudhon.

Essas são as três principais linhas conceituais que se conjugam em O capital. Seu objetivo era transformar o projeto político radical do que ele considerava um socialismo utópico raso num comunismo científico. Mas, para isso, ele não podia apenas confrontar os utópicos com os economistas políticos. Ele tinha de recriar e reconfigurar o próprio método científico. Em linhas gerais, podemos dizer que esse novo método científico se funda na interrogação da tradição britânica da economia política clássica, usa as ferramentas da tradição alemã da filosofia crítica e aplica tudo isso para iluminar o impulso utópico francês e responder às seguintes perguntas: o que é o comunismo e como os comunistas deveriam pensar? Como podemos entender e criticar cientificamente o capitalismo, de modo a preparar de maneira mais efetiva o caminho para a revolução comunista? Como veremos, O capital tem muito a dizer sobre a compreensão científica do capitalismo, mas não sobre como construir uma revolução comunista. Também encontramos poucas informações sobre como seria a sociedade comunista.

Já mencionei algumas das dificuldades da leitura d’O capital nos termos de Marx. O próprio Marx tinha consciência dessas dificuldades e, o que é interessante, fez comentários a respeito delas em seus vários prefácios. No prefácio à edição francesa, por exemplo, responde à sugestão de dividir
a edição em fascículos. “Aplaudo vossa ideia de publicar a tradução d’O capital em fascículos”, escreveu em 1872.

Sob essa forma, o livro será mais acessível à classe trabalhadora e, para mim, essa consideração é mais importante do que qualquer outra. Esse é o belo lado de vossa medalha, mas eis seu lado reverso: o método de análise que empreguei, e que ainda não havia sido aplicado aos assuntos econômicos, torna bastante árdua a leitura dos primeiros capítulos, e é bem possível que o público francês, sempre impaciente por chegar a uma conclusão, ávido por conhecer a relação dos princípios gerais com as questões imediatas que despertaram suas paixões, venha a se desanimar pelo fato de não poder avançar imediatamente. Eis uma desvantagem contra a qual nada posso fazer, a não ser prevenir e premunir os leitores ávidos pela verdade. Não existe uma estrada real para a ciência, e somente aqueles que não temem a fadiga de galgar suas trilhas escarpadas têm chance de atingir seus cumes luminosos. (93)

Assim, também eu tenho de começar advertindo os leitores de Marx, por mais ávidos pela verdade que estejam, que, de fato, os primeiros capítulos d’O capital são particularmente difíceis. Há duas razões para isso. Uma diz respeito ao método de Marx, que examinaremos brevemente mais adiante. A outra tem a ver com o modo particular como ele concebeu seu projeto. O objetivo de Marx n’O capital é, por meio de uma crítica da economia política, compreender como o capitalismo funciona. Ele sabe que isso será uma empreitada enorme. Para realizar tal projeto, precisa desenvolver um aparato conceitual que o ajude a entender toda a complexidade do capitalismo e, numa de suas introduções, explica como planeja fazer isso. “Sem dúvida”, escreve ele no posfácio à segunda edição, “o modo de exposição tem de se distinguir, segundo sua forma, do modo de investigação”: A investigação tem de se apropriar do material [Stoff ] em seus detalhes, analisar suas diferentes formas de desenvolvimento e rastrear seu nexo interno. Somente depois de consumado esse trabalho é que se pode expor adequadamente o movimento real. Se isso é realizado com sucesso, e se a vida do material [isto é, do modo de produção capitalista] é agora refletida idealmente, o observador pode ter a impressão de se encontrar diante de uma construção a priori. (90)

O método de investigação de Marx começa com tudo o que existe – a realidade tal como é experimentada, assim como todas as descrições disponíveis dessa experiência na obra de economistas políticos, filósofos, romancistas etc. Ele submete esse material a uma crítica rigorosa a fim de descobrir conceitos simples, porém poderosos, que iluminem o modo como a realidade funciona. É isso que ele chama de método de descenso – partimos da realidade imediata ao nosso redor e buscamos, cada vez mais profundamente, os conceitos fundamentais dessa realidade. Uma vez equipados com esses conceitos fundamentais, podemos fazer o caminho de retorno à superfície – o método de ascenso – e descobrir quão enganador o mundo das aparências pode ser. Essa posição vantajosa nos permite interpretar esse mundo em termos radicalmente diferentes.

Em geral, Marx parte da aparência superficial para, então, encontrar os conceitos profundos. N’O capital, porém, ele começa apresentando os conceitos fundamentais, as conclusões a que chegou com a aplicação de seu método de investigação. Ele simplesmente expõe seus conceitos nos primeiros capítulos, diretamente e em rápida sucessão, de uma forma que, de fato, faz com que pareçam construções a priori e até mesmo arbitrárias. Assim, numa primeira leitura, não é raro que o leitor se pergunte: de onde saíram todas essas ideias e conceitos? Por que ele os usa assim? Na maioria das vezes, você não tem ideia do que ele está falando. Mas, à medida que você avança, torna-se claro como esses conceitos iluminam nosso mundo. Em pouco tempo, conceitos como valor e fetichismo adquirem sentido.

Contudo, só entendemos plenamente como esses conceitos funcionam no fim do livro! Ora, essa é uma estratégia incomum, até mesmo peculiar. Estamos muito mais familiarizados com procedimentos que constroem o argumento tijolo por tijolo. Em Marx, o argumento se parece mais com uma cebola. Talvez essa metáfora seja infeliz, porque, como alguém me advertiu certa vez, quando cortamos uma cebola, ela nos faz chorar. Marx parte do exterior da cebola, removendo as camadas externas da realidade até atingir o centro, o núcleo conceitual. Em seguida, encaminha a argumentação para fora, retornando à superfície através de várias camadas de teoria. O verdadeiro poder do argumento só se torna claro quando, tendo retornado ao reino da experiência, vemos que possuímos um arcabouço inteiramente novo de conhecimento para compreender e interpretar essa experiência. Na época, Marx revelou uma grande compreensão daquilo que faz o capitalismo crescer do modo como cresce. Assim, conceitos que à primeira vista parecem abstratos e a priori tornam-se cada vez mais ricos e plenos de sentido; à medida que avança, Marx expande a abrangência de seus conceitos. Esse procedimento é diferente da argumentação construída tijolo por tijolo, e não é fácil adaptar-se a ele. Na prática, isso significa que você tem de perseverar como um louco, em particular nos três primeiros capítulos, em que não sabe muito bem o que está acontecendo, até ter uma noção mais clara das coisas, à medida que avança.

Só então você começará a perceber como esses conceitos funcionam. O ponto de partida de Marx é o conceito de mercadoria. À primeira vista, parece uma questão um tanto arbitrária, se não estranha, para se começar. Quando pensamos em Marx, vêm a nossa mente frases como “toda a História tem sido a história da luta de classes”, do Manifesto Comunista[c]. Se é assim, por que O capital não começa com a luta de classes? Temos de ler quase trezentas páginas até conseguir mais do que uma simples pista sobre o assunto, o que pode frustrar aqueles que procuram um guia rápido de ação. Por que Marx não começa com o dinheiro? Na verdade, em suas investigações preparatórias, ele pretendia partir daí, mas, depois de estudos suplementares, concluiu que o dinheiro, mais do que presumido, tinha de ser explicado. Porque ele não começa então com o trabalho, outro conceito com que está profundamente associado? Por que começar com a mercadoria? É significativo que os escritos preparatórios de Marx indiquem um longo período, de cerca de vinte ou trinta anos, em que ele se debateu com a questão de por onde começar. O método do descenso levou-o ao conceito de mercadoria, mas ele não tenta justificar essa escolha nem se incomoda em defender sua legitimidade. Apenas começa com a mercadoria, e ponto final. É fundamental entender que ele constrói uma argumentação com base numa conclusão já determinada. Isso dá a seu argumento um começo enigmático, e o leitor fica tentado a se desmotivar ou irritar com tamanha arbitrariedade, a ponto de querer abandonar o livro no capítulo 3. Assim, Marx tem toda a razão quando diz que o começo d’O capital é particularmente difícil. Minha tarefa inicial é, portanto, guiar o leitor através dos primeiros três capítulos, pelo menos. Isso tornará a navegação posterior bem mais tranquila. Sugeri no início, entretanto, que o aparato conceitual que Marx constrói ali está relacionado não apenas com o Livro I, mas com a análise d’O capital como um todo. E, é claro, três volumes chegaram a nós, de modo que, se você quer de fato entender o modo de produção capitalista, infelizmente terá de ler os três. O Livro I oferece apenas uma perspectiva. Mas o que é pior ainda é que os três volumes são apenas um oitavo (quando muito) daquilo que ele tinha em mente. Eis o que ele escreveu num texto preparatório, intitulado Grundrisse, em que esboça vários formatos para O capital. Diz ele em determinado ponto que ambiciona tratar das seguintes questões:

1) as determinações universais abstratas, que, por essa razão, correspondem mais ou menos a todas as formas de sociedade [...].

2) As categorias que constituem a articulação interna da sociedade burguesa e sobre as quais se baseiam as classes fundamentais. Capital, trabalho assalariado, propriedade fundiária. As suas relações recíprocas. Cidade e campo. As três grandes classes sociais. A troca entre elas. Circulação. Sistema de crédito (privado).

3) Síntese da sociedade burguesa na forma do Estado. Considerada em relação a si mesma. As classes “improdutivas”. Impostos. Dívida pública. Crédito público. A população. As colônias. Emigração.

4) Relação internacional da produção. Divisão internacional do trabalho. Troca internacional. Exportação e importação. Curso do câmbio.

5) O mercado mundial e as crises.[d]

Marx não chegou nem perto de concluir esse projeto. Na verdade, desenvolveu apenas alguns poucos desses tópicos de forma sistemática ou detalhada. E muitos deles – como o sistema de crédito e o sistema financeiro, as atividades coloniais, o Estado, as relações internacionais, o mercado mundial e suas crises – são absolutamente cruciais para a compreensão do capitalismo. Em seus volumosos escritos, há indicações de como tratar esses tópicos, como entender melhor o Estado, a sociedade civil, a imigração, o câmbio monetário e coisas do gênero. E, como procurei mostrar em meu livro Os limites do capital [e], é possível conjugar alguns dos fragmentos que Marx nos deixou a respeito desses tópicos para formar um conjunto compreensível. Mas é importante reconhecer que o aparato conceitual apresentado no início d’O capital carrega o fardo de assentar as bases desse projeto tão importante, mas incompleto.

O Livro I, como você verá, analisa o modo de produção capitalista do ponto de vista da produção, não do mercado nem do comércio global, mas exclusivamente da produção. O Livro II (nunca concluído) toma a perspectiva das relações de troca. O Livro III (também não concluído) concentra-se inicialmente na formação das crises como produto das contradições fundamentais do capitalismo; trata também de questões relativas a distribuição do excedente sob a forma do juro, retorno do capital financeiro, renda da terra, lucro do capital mercantil, tributos e outras questões do gênero. Assim, a análise desenvolvida no Livro I tem muitas lacunas, mas certamente há nela o bastante para entender como o modo de produção capitalista realmente funciona.

Isso nos leva de volta ao método de Marx. Uma das coisas mais importantes a entender num estudo cuidadoso do Livro I é como o método de Marx funciona. A meu ver, isso é tão importante quanto as proposições que ele deduz a respeito do funcionamento do capitalismo, pois, uma vez que se aprenda o método e se tenha prática em sua aplicação e confiança em seu poder, pode-se usá-lo para entender quase tudo.

É claro que esse método deriva da dialética, que é, como diz Marx no prefácio já citado, um método de investigação “que ainda não havia sido aplicado aos assuntos econômicos” (93). Ele também discute esse método dialético no posfácio à segunda edição. Embora suas ideias derivem de Hegel, o método dialético de Marx, “em seus fundamentos, não é apenas diferente do método hegeliano, mas exatamente seu oposto” (90). Vem daí a célebre afirmação de que Marx inverteu a dialética hegeliana e colocou-a na posição certa, isto é, de pé.

Em certos aspectos, como veremos, isso não é exatamente verdade. Marx não se limitou a inverter o método dialético, ele o revolucionou. “Critiquei o lado mistificador da dialética hegeliana há cerca de trinta anos”, diz ele, referindo-se a sua Crítica da filosofia do direito de Hegel [f]. Tal crítica foi o momento fundamental em que Marx redefiniu sua relação com a dialética hegeliana. Ele desaprova o fato de que a forma mistificada da dialética, tal como difundida por Hegel, tenha se tornado moda na Alemanha nos anos 1830 e 1840 e empenha-se em corrigi-la, a fim de que ela possa dar conta de “toda forma historicamente desenvolvida em seu estado fluido, em movimento”. Marx teve, portanto, de reconfigurar a dialética para que ela também pudesse apreender o “aspecto transiente” de uma sociedade. Em suma, a dialética tem de ser capaz de entender e representar processos em movimento, mudança e transformação. Tal dialética “não se deixa intimidar por nada e é, por essência, crítica e revolucionária” (91), precisamente por chegar ao cerne das transformações sociais, tanto atuais como potenciais.

O que Marx revela aqui é sua intenção de reinventar o método dialético para que este dê conta das relações graduais e dinâmicas entre os elementos que compõem o sistema capitalista. Ele tenciona fazer isso para capturar a fluidez e o movimento, porque, como veremos, a mutabilidade e o dinamismo do capitalismo o impressionam muito. Isso contradiz a reputação que invariavelmente acompanha Marx, descrito como um pensador estruturalista fixo e imóvel. O capital, no entanto, revela um Marx que fala continuamente de movimento e mudança – os processos – da circulação do capital, por exemplo. Portanto, ler Marx em seus próprios termos exige que você tenha sempre em mente aquilo que ele entende por “dialética”.

O problema, porém, é que Marx nunca escreveu um tratado sobre dialética e nunca explicou seu método dialético (embora dê indicações aqui e ali, como veremos). Assim, temos um aparente paradoxo: para entender o método dialético de Marx, você tem de ler O capital, porque ele é a fonte de sua prática real; mas, para entender O capital, você tem de entender o método dialético de Marx. Uma leitura cuidadosa d’O capital dará uma noção de como funciona esse método; quanto mais o ler, melhor você entenderá O capital como livro. Uma das coisas curiosas do nosso sistema de ensino, a meu ver, é que, quanto melhor for seu treinamento numa disciplina, menos habituado ao método dialético você será. De fato, as crianças pequenas são muito dialéticas, veem tudo em movimento, em contradição e transformação. Temos de fazer um esforço enorme para que elas deixem de pensar dialeticamente. O que Marx pretende é recuperar o poder intuitivo do método dialético, que permite compreender que tudo está em processo, tudo está em movimento. Ele não fala simplesmente de trabalho, mas do processo de trabalho. O capital não é uma coisa, mas um processo que só existe em movimento. Quando a circulação cessa, o valor desaparece e o sistema começa a desmoronar. Veja o que aconteceu depois do 11 de Setembro de 2001, em Nova York: tudo ficou paralisado. Os aviões pararam de voar, as pontes e estradas foram fechadas. Três dias depois, percebeu-se que o capitalismo desmoronaria se as coisas não voltassem a se movimentar. Então, de repente, o prefeito Giuliani e o presidente Bush pediram que a população sacasse seus cartões de crédito e fosse às compras, voltasse à Broadway, lotasse os restaurantes. Bush chegou a aparecer num comercial da indústria aeroviária para encorajar os norte-americanos a voltar a voar.

O capitalismo não é nada se não estiver em movimento. Marx admira muito isso e não se cansa de evocar o dinamismo transformador do capital. Por isso é tão estranho que seja caracterizado com tanta frequência como um pensador estático, que reduz o capitalismo a uma configuração estrutural. Não, o que Marx procura n’O capital é um aparato conceitual, uma estrutura profunda que explique como o movimento se desenvolve concretamente no interior de um modo de produção capitalista. Consequentemente, muitos de seus conceitos são formulados mais como relações do que como princípios isolados; eles se referem a uma atividade transformadora.

Assim, conhecer e apreciar o método dialético d’O capital é essencial para compreender Marx em seus próprios termos. Muitas pessoas, inclusive marxistas, discordariam disso. Os chamados marxistas analíticos – pensadores como G. A. Cohen, John Roemer e Robert Brenner – desprezam a dialética. Gostam de se denominar “marxistas sem lorotas”. Preferem transformar a argumentação de Marx numa série de proposições analíticas. Outros transformam seus argumentos num modelo causal de mundo. Há até uma interpretação positivista de Marx que permite testar sua teoria com dados empíricos. Em todos esses casos, porém, a dialética é desconsiderada.

Não estou dizendo com isso, em princípio, que os marxistas analíticos estejam errados nem que aqueles que fazem de Marx um construtor de modelos positivista estejam equivocados. Talvez estejam certos; mas insisto que os termos próprios de Marx são dialéticos, e isso nos obriga, portanto, a fazer uma leitura dialética d’O capital. Uma última questão: nosso objetivo é ler Marx em seus próprios termos, mas, na medida em que estou guiando essa leitura, esses termos serão, inevitavelmente, afetados por meus interesses e experiências. Dediquei grande parte de minha vida acadêmica a aplicar a teoria marxiana ao estudo da urbanização sob o capitalismo, do desenvolvimento geográfico desigual e do imperialismo, e é evidente que essa experiência afetou o modo como leio O capital. Para começar, essas preocupações são mais práticas do que filosóficas ou teórico-abstratas; minha abordagem sempre foi perguntar o que O capital pode nos ensinar a respeito de como a vida cotidiana é vivida nas grandes cidades produzidas pelo capitalismo. Durante os mais de trinta anos de contato que tive com esse texto, aconteceram muitas mudanças geográficas, históricas e sociais. Na verdade, uma das razões por que gosto de ensinar O capital todo ano é que sempre tenho de perguntar a mim mesmo como ele será lido, quais questões que antes passavam despercebidas chamarão minha atenção. Volto a Marx menos em busca de um guia do que de potenciais insights teóricos sobre mudanças geográficas, históricas e populacionais.

É claro que, nesse processo, minha compreensão do texto mudou. Na medida em que o clima histórico e intelectual nos coloca diante de questões e perigos aparentemente sem precedentes, o modo como lemos O capital também tem de mudar e se adaptar. Marx fala sobre esse processo de reformulação e reinterpretação necessárias. A teoria burguesa, observa ele, entendia o mundo de determinada maneira no século XVIII, mas a marcha da história tornou irrelevantes essa teoria e suas formulações teóricas (84- 6). As ideias têm de mudar ou se reconfigurar à medida que as circunstâncias mudam. Marx entendeu e representou o mundo capitalista de modo brilhante nos anos 1850 e 1860, mas o mundo mudou, e isso traz mais uma vez a pergunta: em que sentido esse texto pode ser aplicado ao nosso próprio tempo? Infelizmente, a meu ver, a contrarrevolução neoliberal que dominou o capitalismo global nos últimos trinta anos contribuiu muito para reproduzir mundialmente aquelas mesmas condições que Marx desconstruiu de maneira tão brilhante na Inglaterra dos anos 1850 e 1860. Por isso insiro nessas leituras alguns comentários tanto sobre a relevância d’O capital para o mundo atual quanto sobre a leitura mais adequada do texto às exigências de nossa época.

Mas, sobretudo, quero que você faça sua própria leitura d’O capital. Em outras palavras, espero que você estabeleça uma relação com o texto nos termos de sua experiência pessoal – intelectual, social, política – e aprenda com ele à sua maneira. Espero que tenha bons e esclarecedores momentos conversando com o texto, digamos assim, e deixando que ele converse de volta com você. Esse tipo de diálogo é um excelente exercício para tentar entender o que parece quase impossível.

Cabe a cada leitor traduzir O capital de modo que tenha sentido para sua vida. Não há – e não pode haver – uma interpretação definitiva, precisamente porque o mundo está em contínua mudança. Como provavelmente diria Marx, hic Rhodus, hic salta[g]! A bola é sua, chute!

[a] Na presente edição, as citações e a numeração das páginas correspondentes referem-se a: Karl Marx, O capital, Livro I (trad. Rubens Enderle, São Paulo, Boitempo, 2013). As futuras referências a essa obra serão citadas apenas com indicação das páginas entre parênteses. (N. E.)

[b] O autor refere-se à “Carta de Marx a Arnold Ruge” de setembro de 1843, publicada nos Deutsch-Französische Jahrbücher [Anais Franco-Alemães] em fevereiro de 1844. Cf. Karl Marx, Sobre a questão judaica (São Paulo, Boitempo, 2010), p. 70-3. (N. T.)

[c] Karl Marx e Friedrich Engels, Manifesto Comunista (São Paulo, Boitempo, 1998), p. 74. (N. E.)

[d] Karl Marx, Grundrisse: manuscritos econômicos de 1857-1858 – Esboços da crítica da economia política (São Paulo, Boitempo, 2011), p. 61. (N. E.)

[e] São Paulo, Boitempo, no prelo. (N. E.)

[f] 2. ed., São Paulo, Boitempo, 2010. (N. E.)

[g] Referência a “Hic Rhodus, hic saltus” [Aqui é Rodes, salta aqui mesmo!], tradução latina de um trecho da fábula O atleta fanfarrão, de Esopo. Em O 18 de brumário de Luís Bonaparte (São Paulo, Boitempo, 2011), Marx emprega a citação modificada, em latim e em alemão (Hic Rodhus, hic salta! Hier ist die Rose, hier tanze! [Aqui está a rosa, dança agora!]), em alusão ao uso que Hegel faz da expressão no prefácio da Filosofia do direito. No caso presente, embora não se trate de uma referência a Hegel, Marx mantém a mesma forma modificada empregada em O 18 de brumário. (N. T.)

 Autor: David Harvey

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Arms of the Angels



Arms of the Angels

May your dreams bring you peace in the darkness
May you always rise over the rain
May the light from above, always lead you to love
May you stay in the arms of the angels

May you always be brave in the shadows
'Till the sun shines upon you again
Hear this prayer in my heart, and we? ll ne? er be apart

May you stay in the arms of the angels

May you hear every song in the forest
And if ever you lose your own way
Hear my voice like a breeze, whisper soft through the trees

May you stay in the arms of the angels

May you grow up to stand as a man (up)
With the pride of your family and name
When you lay down your head, or to rest in your bed

May you stay in the arms of the angel

Bom FDS....


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Se eu quiser falar com Deus



Se Eu Quiser Falar Com Deus
Gilberto Gil


Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Paciência é o antidoto para raiva.



Qualquer problema com o inglês, tecle no "Legenda C/C" no canto inferior direito.

O que aprendi no coração da vida



Qualquer problema com o inglês, tecle no "Legenda C/C" no canto inferior direito.

Amor romântico e amor genuíno


Qualquer problema com o inglês, tecle no "Legenda C/C" no canto inferior direito.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Scrambler Ducati....

Simplesmente, apaixonado por ela.... :)


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Desert Rose - I dream of love as time runs through my hand

Um amigo me relembrou o Sting com esse vídeo....  Obrigado!!!!  Sempre gostei de Sting. Agora surgiu a oportunidade de mergulhar mais uma vez em suas melodia.....  :)



Desert Rose
Sting

Hadaee mada tawila
Wa ana nahos ana wahala ghzalti
Wa ana nahos ana wahala ghzalti
Wa ana nahos ana wahala ghzalti

I dream of rain
I dream of gardens in the desert sand
I wake in vain
I dream of love as time runs through my hand

I dream of fire
Those dreams are tied to a horse that will never tire
And in the flames
Her shadows play in the shape of a man's desire

This desert rose
Each of her veils, a secret promise
This desert flower
No sweet perfume ever tortured me more than this

And as she turns
This way she moves in the logic of all my dreams
This fire burns
I realize that nothing's as it seems

I dream of rain
I dream of gardens in the desert sand
I wake in vain
I dream of love as time runs through my hand

I dream of rain
I lift my gaze to empty skies above
I close my eyes
This rare perfume is the sweet intoxication of her love

Aman aman aman
Omry feek antia
Ma ghair antia
Ma ghair antia

I dream of rain
I dream of gardens in the desert sand
I wake in vain
I dream of love as time runs through my hand

Sweet desert rose
Each of her veils, a secret promise
This desert flower
No sweet perfume ever tortured me more than this

Sweet desert rose
This memory of eden haunts us all
This desert flower
This rare perfume, is the sweet intoxication of the fall

Ya lili ah ya leel

domingo, 26 de outubro de 2014

Privatizações: a distopia do capital (2014), de Silvio Tendler

O ornitorrinco

Francisco Maria Cavalcanti de Oliveira, mais conhecido como Chico de Oliveira (Recife, 7 de novembro de 1933) é um sociólogo brasileiro, um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores.

Formou-se em Ciências Sociais na Faculdade de Filosofia da Universidade do Recife, atual Universidade Federal de Pernambuco.

No PT, integrou 1ª Diretoria Executiva da Fundação Wilson Pinheiro - fundação de apoio partidária instituída pelo PT em 1981, antecessora da Fundação Perseu Abramo.

Professor aposentado de Sociologia do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), foi um dos fundadores do Cebrap. Coordenador-executivo do Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania — Cenedic — da USP, deixou o Partido dos Trabalhadores e filiou-se ao PSoL (Partido Socialismo e Liberdade).
Em 2003, ano em que deixou o PT.


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Masnavi de Rumi.....

 

MILAGRES REALIZADOS PELO PROFETA MOHAMMED

Outra vez, quando o Profeta punha suas sandálias, uma águia apoderou-se de uma delas e levou-a, quando então viu-se uma víbora cair de dentro da sandália. A princípio, o Profeta quis queixar-se de sua falta de sorte, mas quando viu a víbora, seu descontentamento transformou-se em agradecimento a Deus, que assim o salvara milagrosamente de ser mordido pela víbora.

AS DIFICULDADES PROPORCIONAM UM CAMINHO DE SALVAÇÃO

Neste conto há uma advertência para ti, ó Alma,
Para que aceites os decretos de Deus,
E tenhas cuidado e não duvides da benevolência de Deus,
Quando te sobrevêm infortúnios repentinos.
Deixa os outros ficarem pálidos de medo da má sorte;
Tu deves sorrir como a rosa à perda e ao ganho;
Pois a rosa, embora vá perdendo suas pétalas,
Ainda continua sorrindo, e nunca se abate.
Ela diz: 'Por que deveria eu entristecer-me na desgraça?
Colho beleza até do espinho da desgraça".
O que quer que se perca por um decreto de Deus,
Sabe que com certeza é um lucro que obténs da má sorte.
O que é o sufismo? É encontrar alegria no coração
Sempre que a desgraça e a preocupação o assaltam.
Sabe que os problemas são essa águia do Profeta
Que carregou a sandália desse santo
Para salvar seu pé da mordida da víbora —
O esplêndido truque! — para preservá-lo do mal.
É dito: "Não te lamentes por teu gado abatido
Se um lobo dizimou teus rebanhos";
Pois essa calamidade pode evitar uma calamidade maior,
E essa perda pode afastar uma perda ainda mais séria.

Bom FDS....


Claro que dirão, Mariama, que é política, que é subversão, que é comunismo. É Evangelho de Cristo, Mariama.



Mariama,

Nossa Senhora, mãe de Cristo e Mãe dos homens!
Mariama, Mãe dos homens de todas as raças, de todas as cores, de todos os cantos da Terra.
Pede ao teu filho que esta festa não termine aqui, a marcha final vai ser linda de viver.
Mas é importante, Mariama, que a Igreja de teu Filho não fique em palavras, não fique em aplausos.
O importante é que a CNBB, a conferência dos Bispos, embarque em cheio na causa dos negros.
Como, como entrou em cheio na pastoral da terra e na pastoral dos índios.
Não basta pedir perdão pelos erros de ontem. É preciso acertar o passo de hoje sem ligar ao que disserem.
Claro que dirão, Mariama, que é política, que é subversão, que é comunismo. É Evangelho de Cristo, Mariama.
Claro que seremos intolerados.
Mariama, Mãe querida, problema de negro acaba se ligando com todos os grandes problemas humanos.
Com todos os absurdos contra a humanidade, com todas as injustiças e opressões.
Mariama, que se acabe, mas se acabe mesmo a maldita fabricação de armas.
O mundo precisa fabricar é Paz.
Basta de injustiças!
De uns sem saber o que fazer com tanta terra e milhões sem um palmo de terra onde morar.
Basta de uns tendo que vomitar para comer mais e 50 milhões morrendo de fome num ano só.
Basta de uns com empresas se derramando pelo mundo todo e milhões sem um canto onde ganhar o pão de cada dia.
Mariama, Nossa Senhora, Mãe querida, nem precisa ir tão longe, como no teu hino.
Nem precisa que os ricos saiam de mãos vazias e o pobres de mãos cheias.
Nem pobre nem rico.
Nada de escravo de hoje ser senhor de escravos amanhã.
Basta de escravos.
Um mundo sem senhores e sem escravos.
Um mundo de irmãos.
De irmãos não só de nome e de mentira. De irmãos de verdade, Mariama".

Dom Helder Pessoa Câmara

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Um roteiro Hélio Jaguaribe

Vale a pena ouvir esse homem. Otimista por natureza, só nos dá bons motivos para crermos nesse nosso país, como no mundo. Vá até aos 23 minutos que até lá são só palavras de homenagem ao Helio Jaguaribe. 

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Para meus filhos..... Wake Me Up!!!



Wake Me Up (Feat. Aloe Blacc)

Feeling my way through the darkness
Guided by a beating heart
I can't tell where the journey will end
But I know where to start

They tell me I'm too young to understand
They say I'm caught up in a dream
Well life will pass me by if I don't open up my eyes
Well, that's fine by me

So wake me up when it's all over
When I'm wiser and I'm older
All this time I was finding myself
And I didn't know I was lost

So wake me up when it's all over
When I'm wiser and I'm older
All this time I was finding myself
And I didn't know I was lost

I tried carrying the weight of the world
But I only have two hands
I hope I get the chance to travel the world
But I don't have any plans
I wish that I could stay forever this young
Not afraid to close my eyes
Life's a game made for everyone
And love is the prize

So wake me up when it's all over
When I'm wiser and I'm older
All this time I was finding myself
And I didn't know I was lost

So wake me up when it's all over
When I'm wiser and I'm older
All this time I was finding myself
And I didn't know I was lost

I didn't know I was lost
I didn't know I was lost
I didn't know I was lost
I didn't know I was lost

We Can't Stop



We Can't Stop
Miley Cyrus


It's our party we can do what we want
It's our party we can say what we want
It's our party we can love who we want
We can kiss who we want
We can screw who we want

It's our party we can do what we want
It's our party we can say what we want
It's our party we can love who we want
We can kiss who we want
We can screw who we want

Red cups and sweaty bodies everywhere
Hands in the air like we don't care
Cause we came to have so much fun now
Got somebody here might get some now

If you're not ready to go home
Can I get a hell no?
Cause we gonna go all night
Till we see the sunlight alright

So la da di da di we like to party
Dancing with Miley
Doing whatever we want
This is our house
This is our rules
And we can't stop
And we won't stop
Can't you see it's we who own the night
Can't you see it's we who bout' that life
And we can't stop
And we won't stop
We run things, things don't run we
Don't take nothing from nobody

It's our party we can do what we want
It's our party we can say what we want
It's our party we can love who we want
We can kiss who we want
We can screw how we want

To my homegirls here with the big butts
Shaking it like we at a strip club
Remember only God can judge us
Forget the haters cause somebody loves ya
And everyone in line in the bathroom
Trying to get a line in the bathroom
We all so turned up here
Getting turned up yea yea

So la da da di we like to party
Dancing with Miley
Doing whatever we want
This is our house
This is our rules
And we can't stop
And we won't stop
Can't you see it's we who own the night
Can't you see it's we who bout' that life
And we can't stop
And we won't stop
We run things, things don't run we
Don't take nothing from nobody

It's our party we can do what we want
It's our party we can say what we want
It's our party we can love who we want
We can kiss who we want
We can screw who we want

It's our party we can do what we want to
It's our house we can love who we want to
It's our song we can sing if we want to
It's my mouth I can say what I want to
Yea, yea, yeah

And we can't stop
And we won't stop
Can't you see it's we who own the night
Can't you see it's we who bout' that life
And we can't stop
And we won't stop
We run things, things don't run we
Don't take nothing from nobody
Yeah, yeah, yeah

domingo, 28 de setembro de 2014

You and Me



You and Me

You and me
Were always with each other
Before we knew
The other was ever there
You and me
We belong together
Just like a breath needs the air

I told you if you called
I would come runnin'
Across the highs
The lows
And the in between

You and me
We've got two minds
That think as one
And our hearts march to
The same beat

They say everything
It happens for a reason
You can be flawed enough
But perfect for a person
Someone who will be there
For you when you fall apart
Guiding your direction
When you're riding
Through the dark

Oh that's you and me

You and me
We're searchin'
For the same light
Desperate for a cure
To this disease
Well some days
Are better than others
But I fear no thing
As long as you're with me

They say everything
It happens for a reason
You can be flawed enough
But perfect for a person
Someone who will be there
For you when you fall apart
Guiding your direction
When you're riding
Through the dark

And they say everything
It happens for a reason
You can be flawed enough
But perfect for a person
Someone who will be there
When you start to fall apart
Guiding your direction
When you're riding
Through the dark

Oh that's you and me
Oh that's you and me
Oh that's you and me
That's you and me
That's you and me

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

E a gira está girando

A gira ainda está girando e meu cajado continua fincado. Só dessa forma consigo aguentar serenamente, pois Dele vem minha força. Não gostaria de desmerecer ninguém que está ao meu lado físico nesse momento, mas meu agradecimento são para forças muito mais profundas que um simples amor terreno consegue ser.



Quando A Gira Girou
Zeca Pagodinho
Compositor: Serginho Merti & Claudinho Guimarães

O céu de repente anuviou
E o vento agitou as ondas o mar
E o que o temporal levou
Foi tudo que deu pra guardar
Só Deus sabe o quanto se labutou

Custou, mas depois veio a bonança
E agora é hora de agradecer
Pois quando tudo se perdeu
E a sorte desapareceu
Abaixo de Deus, só ficou você

Quando a gira girou, ninguém suportou
Só você ficou, não me abandonou
Quando o vento parou e a água baixou
Eu tive a certeza do seu amor

Quando tudo parece que está perdido
É nessa hora que você vê
Quem é parceiro, quem é mal amigo
Quem tá contigo, quem é de correr
A sua mão me tirou do abismo
O seu axé evitou o meu fim
Me ensinou o que é companheirismo e também a gostar de quem gosta de mim

Quando a gira girou, ninguém suportou
Só você ficou, não me abandonou
Quando o vento parou e a água baixou
Eu tive a certeza do seu amor

Na hora que a gente menos espera
No fim do túnel aparece uma luz
A luz de uma amizade sincera
Para ajudar carregar nossa cruz

Foi Deus que pôs você no meu caminho
Na hora certa pra me socorrer
Eu não teria chegado sozinho
A lugar nenhum, se não fosse você

Quando a gira girou, ninguém suportou
Só você ficou, não me abandonou
Quando o vento parou e a água baixou
Eu tive a certeza do seu amor

Castigo



Castigo
Jamelão


A gente briga, diz tanta coisa
que não quer dizer
briga pensando que não vai sofrer
que não faz mal se tudo terminar

Um belo dia a gente entende
que ficou sozinha
vem a vontade de chorar baixinho
vem o desejo triste de voltar

você se lembra
foi isso mesmo que se deu comigo
eu tive orgulho e tive por castigo
a vida inteira pra me arrepender

se eu soubesse naquele dia
o que sei agora
eu não seria este ser que chora
eu não teria perdido você

What A Wonderful World



What A Wonderful World
Louis Armstrong


I see trees of green, red roses too
I see them bloom for me and you
And I think to myself what a wonderful world.

I see skies of blue and clouds of white
The bright blessed day, the dark sacred night
And I think to myself what a wonderful world.

The colors of the rainbow so pretty in the sky
Are also on the faces of people going by
I see friends shaking hands saying how do you do
They're really saying I love you.

I hear babies crying, I watch them grow
They'll learn much more than I'll never know
And I think to myself what a wonderful world
Yes I think to myself what a wonderful world.

sábado, 20 de setembro de 2014

Sigmund Freud - A Invenção da Psicanálise

Arthur Schopenhauer - A Arte de ter Razão

Até que é bom fazer um retiro que estou fazendo dentro de mim mesmo, pois me dá tempo e o prazer de me dedicar as coisas que dou valor. Achei esse cara (Professor Leonardo Zoccaratto) na internet, e achei bem divertido escutá-lo sem compromisso discutindo livros que já li. Tendo tempo e colocando prioridades, vou ver mais vídeos dele....  :)   Esse tipo de conversa refresca as ideias.....

Face to Face.... C.G. Jung

WILHELM REICH Documentário

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Transformando uma RD 350

Fazer até nem tenha sido muito difícil, mas imaginar uma RD 350 transformada desse jeito..... Aí é que deve ter sido muito difícil....