Não sou um exímio conhecedor de política internacional, até porque acho minha cultura histórica do planeta muito pequena, e para se analisar qualquer quadro político, temos que ter em mente a história do local para se fazer um exame detalhado sobre o que motivaram os fatos presentes. Desde que começaram os falatórios sobre Chávez, me interessei em acompanhar o desenrolar da política na Venezuela e isso me fez ver o filme "A Revolução não será Televisionada" que sugiro enfaticamente a ver.
Não sou Chavista, nem Lulista, Fernandista, nem porra nenhuma, mas o desenrolar do filme me fez lembra, e muito, as articulações impetradas por Lincoln Gordon no Brasil de 64. E ainda tem gente que não acredita na ingerência dos Estados Unidos na América Latina desde sempre. Pouco antes da notícia sobre a morte de Chávez ser veiculada, informaram a expulsão de dois adidos aeronáuticos americanos do solo Venezuelano, acusados de entrarem em contatos com oficiais militares para terem uma noção se estariam eles abertos a tentativa de um golpe. E isso é visto por muitos como uma palhaçada Venezuelana, e não como mais uma tentativa dos Estados Unidos de colocarem suas mãos num dos bens mais preciosos para eles: o Petróleo Venezuelano. Mesmo sendo eles o maior importador desse produto da Venezuela.
Já vinha lendo muitos artigos sobre ele. E, para falar a verdade, é muito difícil encontrar alguma coisa mais ou menos imparcial com bases no desenrolar histórico da Venezuela. Até que encontrei esse rapaz, Gilberto Maringoni, que não obstante lembrar a todo momento que lá também tem má gestão e políticas mal aplicadas, também houve um certo avanço na política social interna e internacional deles através de Chávez. Acredito que com todas as mazelas que passamos atualmente em nosso país, essa deverá também ser a leitura das políticas de Lula e Dilma. Tem muita coisa errada? Claro que tem. Mas não podemos fechar os olhos para as coisas boas que eles vem fazendo. Assim como não podemos fechar os olhos ao fim da inflação creditada ao Fernando Henrique quando ministro da economia e depois presidente, mesmo sendo ele responsável pelo sucateamento e posterior venda de algumas de nossas maiores e mais lucrativas empresas públicas.
Por isso, acho que vale a pena escutar o que esse rapaz diz.
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