William Eugene Smith (30 de dezembro de 1918 - 15 de outubro de 1978), foi um fotojornalista americano conhecido por sua recusa em se submeter aos padrões profissionais e por suas fotografias brutalmente vivas da Segunda Guerra Mundial.
William Smith nasceu em Wichita e se graduou em Wichita North High School, em 1936. Ele começou sua carreira tirando fotos para dois jornais locais, The Wichita Eagle e Beacon. Acabou se mudando para Nova Iorque começou a trabalhar para a revista Newsweek. Ele se tornou conhecido por seu perfeccionismo incessante e personalidade difícil. Smith foi demitido da Newsweek por se recusar a usar câmeras de médio formato e se juntou à revista Life em 1939, usando uma câmera de 35mm.
Ele continuou a trabalhar no aperfeiçoamento da técnica de foto-ensaio.Trabalhou como correspondente para a revista Ziff-Davis. Fotografou a ofensiva dos Estados Unidos contra o Japão, tirando fotos dos soldados americanos e dos prisioneiros de guerra japoneses em Saipan, Guam, Iwo Jima e Okinawa. Em uma das ilhas de Okinawa foi ferido por um morteiro. Uma vez recuperado e profundamente desiludido da fotografia, Smith continuou seu trabalho na Life e se aperfeiçoou nos ensaios fotográficos nos anos de 1947 a 1954. Em 1950 viaja até o Reino Unido para cobrir as eleições gerais, nas quais sai vitorioso Clement Attle, do partido do trabalhador. O editorial da revista Life se mostrava contra um governo trabalhista, mas os ensaios de Smith sobre Attle eram muito positivos. Ao fim um número limitado de fotografías de Smith sobre a classe operária foi publicada. Na década dos anos 50 Smith rompe relações com a Life e se une a Agência Magnun. Nesse período inicia um projeto documental sobre Pittsburgh, onde aprofunda sua metodologia de grande implicação com o objeto de seu documentário. O trabalho deveria realizar-se em 3 semanas, mas Smith se estende por um ano, sem nunca ficar satisfeito com os resultados, e a Magnun finalmente publica uma seleção. São muito conhecidas as disputas que Smith sustentava com os editores fotográficos com trabalhavam com ele. Foi o primeiro fotógrafo que abriu a discussão sobre a importância da participação do autor das fotografias na edição final, em relação aos processos de seleção das fotos que foram publicadas, sua ordem e disposição na página, assim como os textos e epígrafes que as acompanham. Publica, também, uma série de livros de ensaios fotográficos, nos quais ele buscava ter o autêntico controle sobre o processo do libro, chegando a ter a grande fama de inconformista.
Morreu em 1978 devido ao abuso de drogas e álcool.
Atualmente a fundação William Eugene Smith promove a "fotografia humanista", que desde 1980 premia os fotógrafos comprometidos nesse campo.
"A minha função é capturar a ação da vida, a vida no mundo, seu humor, sua tragédia. Em outras palavras, a vida como ela é".
Texto extraído do http://mundo-e-arte.blogspot.com/
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