A alguns dias atrás, tive que ser internado. Na cama daquela Emergência e depois na cama do hospital, fiquei observando o trabalho de seres quase anônimos chamados enfermeiros(as), pois quando estamos por lá, queremos sempre nos dirigir aos doutores.
Daí, fiquei me perguntando o que faz uma pessoa seguir esse tipo de profissão. Na profissão de médico, sempre vi, talvez por meu tipo de personalidade, o lado técnico, do conhecimento de, senão todo o corpo, pelo menos de parte de seus sistemas. Mas na profissão de enfermagem a úncia coisa que me veio a mente foi a palavra Cuidar. Por isso, em respeito a todos que decidiram seguir essa profissão, resolvi deixar esse post aqui.
ENFERMAGEM – Uma nobre missão
Marcial Salaverry
Existem profissões que são exercidas por vocação. Aqueles que a ela se dedicam, tem que sentir em seu interior um chamado especial, pois exigirá uma dedicação total, um total espírito de renúncia, um eterno despojar de sua vontade pessoal.
Sempre exigirá daquele que a exercer, uma disposição para o que para muitos poderá ser considerado enorme sacrifício, mas que para eles será apenas sua realização pessoal, pois estarão apenas cumprindo uma missão que receberam de Alguém lá de cima.
Uma dessas profissões, e sem dúvida a mais sacrificante, é a ENFERMAGEM. Não é à toa que enfermeiras e enfermeiros são conhecidos como “os anjos dos corredores”.
E há que se notar que seu trabalho é quase anônimo. Poucos pacientes que tiveram suas vidas salvas por uma ação rápida e eficiente, irão se lembrar mais tarde do nome desse “anjo” que o salvou. Mas não é isso que conta, mas sim, a satisfação de seu dever cumprido.
São responsáveis quase diretos pela vida daqueles que estão sob seus cuidados. De sua eficiência e competência, e mais ainda, de seu senso de dever, dependem muitas vidas.
Basta um pequeno descuido, uma desatenção qualquer, e uma vida poderá ser perdida.
Por essa razão, a enfermagem pode ser considerada como um sacerdócio, exigindo uma vocação natural para o sacrifício.
Quando de plantão, esquecem-se de suas famílias e lares, vivendo apenas para o bem estar dos pacientes.
Quando no recesso de seu lar, quantas vezes são chamados para socorrer algum vizinho, ou para ajudar em algum acidente. E sempre estão dispostos para largar tudo e acudir quem deles estiver necessitando.
Por vezes auxiliam os médicos em seu diagnóstico, pois mercê de seu contato constante com os pacientes, chegam a conhecer melhor suas reações do que os médicos, mas tem que ter muita sensibilidade para “dar seus palpites”, para não ferir a suscetibilidade dos doutores, que sempre sabem escutar a opinião de sua equipe de confiança.
O médico sabe que o critério na composição de sua equipe vai ser responsável por grande parcela de êxito profissional, principalmente os cirurgiões. Daí, pode se avaliar a grande responsabilidade que sempre irá recair sobre a equipe de enfermagem.
Uma recomendação a todos aqueles que querem se dedicar a esta profissão. Examinem bem sua consciência, e vejam se estão dispostos a encarar essa pedreira. Descubram em seu interior se está bem acesa essa chama que nunca poderá se apagar. Mas, dentro desse espírito amadorístico, não poderão deixar de ser profissionais, pois um envolvimento maior com os pacientes, poderá causar-lhes muitos sofrimentos em alguns casos fatais.
A vocês, queridos enfermeiros e enfermeiras, autênticos “anjos dos corredores”, dedico um cumprimento especial, e, juntando as mãos, inicio um demorado aplauso, esperando que vocês encontrem sua felicidade e realização pessoal.
Parabéns a vocês, que se dedicam a tão nobre missão.
Precisamos dar mais valor e ter um melhor reconhecimento para esses valorosos profissionais, que sempre terão um espírito muito amador, e a eles e elas, e a todos nós, desejo UM LINDO DIA.
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